É
errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do
cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e a menos
que esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em
anos, ou mesmo em gerações. ―Khalil Gibran
Todo amor que se doa pelo caminho; É paz, que acolhe em ninho Que aquece o coração, que é doce carinho... Que multiplica e se faz tanto... Que não deixa lugar para o pranto. Pois a felicidade se faz inteira. Da forma mais doce e verdadeira. "Sendo feliz em fazer feliz!"
Todo
jardim começa com uma história de amor.Antes que qualquer árvore seja
plantada,é preciso que ela tenha nascido dentro da alma.Quem não planta
jardim por dentro,não planta jardim por fora e nem passeia por
eles."(Rubem Alves)
Um
pequeno grão de alegria dentro do coração de cada um é capaz de
transformar qualquer coisa, pois a vida é construída nos sonhos e
concretizada no amor... - Chico Xavier.
A
natureza é sábia e justa. O vento sacode as árvores, move os galhos,
para que todas as folhas tenham o seu momento de ver o sol. - Humberto
de Campos.
Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar...
A Lenda diz que, quando o Menino Jesus nasceu, todas as pessoas e animais e até as árvores sentiram uma imensa alegria. Do lado de fora do estábulo onde o Menino dormia, estavam três árvores: uma palmeira, uma oliveira e um pequeno pinheirinho. Todos os dias, as pessoas passavam e deixavam presentes ao Menino. - Nós também Lhe devíamos dar prendas! - disseram as árvores.
- Eu vou dar-lhe a minha folha mais larga e bonita - disse a palmeira -
quando vier o tempo do calor Ele pode abanar-se com ela e sentir-se
mais fresco. - E eu vou dar-lhe óleo. E que perfumados óleos poderão ser feitos a partir do meu sangue! - exclamou feliz a oliveira. - Mas que lhe poderei dar eu? - perguntou ansioso o pequeno pinheiro. - Tu? Os teus ramos são agudos e picam - disseram as outras duas árvores . Tu não tens nada para lhe dar!
O pequeno pinheiro estava triste. Pensou muito, muito, em qualquer
coisa que pudesse oferecer ao Menino que dormia, qualquer coisa de que o
Menino pudesse gostar. Mas não tinha nada para lhe ofertar. Um anjo ouviu a conversa das árvores e sentiu muita pena da arvorezinha que não tinha nada para dar ao Menino.
As estrelas brilhavam no céu escuro. Então, o anjo, muito de mansinho,
trouxe-as uma a uma cá para baixo, desde a mais pequenina à mais
brilhante e colocou-as nos ramos pontiagudos do pinheiro. Dentro do
estábulo, o Menino acordou e olhou para as três árvores do lado de lá da
gruta contra a escuridão do céu. De repente, as folhas escuras do
pinheiro brilharam resplandecentes, porque nelas brilhavam as estrelas. Que lindo estava o pequeno pinheiro que não tinha nada a oferecer ao Menino!...
E o Menino Jesus levantou as mãozinhas, tal como fazem os bebés, e
sorriu para as estrelas e para aquela árvore que lhe iluminara a
escuridão da noite. E desde então, o pinheiro ficou a ser, para todo o sempre, a Árvore de Natal.
E tem que faz de sua casa... Um ninho. E abriga nela... Todo "bichinho", e com certeza sempre terá de volta... Muito amor e carinho! {Luandrade} Sirlei Pancoti.
O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante.... - Bom dia - disse o príncipe. - Bom dia - disse a flor. - Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente. A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo.
Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não
têm raízes. Eles não gostam das raízes. -Adeus - disse o principezinho. -Adeus - disse a flor.
O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que
conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto
servia-lhe de tamborete. "De uma montanha tão alta como esta", pensava
ele, "verei todo o planeta e todos os homens..." Mas só viu pedras
pontudas, como agulhas. - Bom dia! - disse ele ao léu. - Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco. - Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco. - Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele. - Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco.
"Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e
salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz...
No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro."
Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas
areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as
estradas vão todas em direção aos homens. - Bom dia! - disse ele. Era um jardim cheio de rosas. - Bom dia! - disseram as rosas. Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor. - Quem sois? - perguntou ele espantado. - Somos as rosas - responderam elas. - Ah! - exclamou o principezinho...
E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ele
era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco
mil, iguaizinhas, num só jardim! "Ela teria se envergonhado", pensou
ele, "se visse isto... Começaria a tossir, simularia morrer, para
escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela;
porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de
verdade..." Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma
flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que
não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso
não faz de mim um príncipe muito poderoso..." E, deitado na relva, ele chorou. E foi então que apareceu a raposa: - Bom dia - disse a raposa. - Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu. - Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... - Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita... - Sou uma raposa - disse a raposa. - Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste... -Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda. - Ah! Desculpa - disse o principezinho. Mas, após refletir, acrescentou: - Que quer dizer "cativar"? - Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras? - Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam
galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras
galinhas? - Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"? - É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"... - Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um
garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho
necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também
não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a
cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade
um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no
mundo... - Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou... - É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra... - Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho. - A raposa pareceu intrigada: - Num outro planeta? - Sim. - Há caçadores nesse planeta? - Não. - Que bom! E galinhas? - Também não. - Nada é perfeito - suspirou a raposa.
Trecho de O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry
O
tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura
começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra
flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela
trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega. - Ana
Jácomo.
Poeta, não é somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.
Cora Coralina
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Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.
Cora Coralina